terça-feira, 30 de novembro de 2010

A FILOSOFIA E SEU OBJETIVO - fragmentos de Epicuro

Todo desejo incômodo e inquieto se dissolve no amor da verdadeira filosofia.
Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz.
Deves servir à filosofia para que possas alcançar a verdadeira liberdade.
Assim como realmente a medicina em nada beneficia, se não liberta dos males do corpo, assim também sucede com a filosofia, se não liberta das paixões da alma.
Não pode afastar o temor que importa para aquilo a que damos maior importância quem não saiba qual é a natureza do universo e tenha a preocupação das fábulas míticas. Por isso não se podem gozar prazeres puros sem a ciência da natureza.
Antes de tudo, considerando a divindade incorruptível e bem-aventurada, não se lhe deve atribuir nada de incompatível com a imortalidade ou contrário à bem-aventurança.
Realmente não concordam com a bem-aventurança preocupações, cuidados, iras e benevolências.
O ser bem-aventurado e imortal não tem incômodos nem os produz aos outros, nem é possuído de iras ou de benevolências, pois é no fraco que se encontra qualquer coisa de natureza semelhante.
Habitua-te a pensar que a morte nada é para nós, visto que todo o mal e todo o bem se encontram na sensibilidade: e a morte é a privação da sensibilidade.
É insensato aquele que diz temer a morte, não porque ela o aflija quando sobrevier, mas porque o aflige o prevê-la: o que não nos perturba quando está presente inutilmente nos perturba também enquanto o esperamos.
O limite da magnitude dos prazeres é o afastamento de toda a dor. E onde há prazer, enquanto existe, não há dor de corpo ou de espírito, ou de ambos.
A dor do corpo não é de duração contínua, mas a dor aguda dura pouco tempo, e aquilo que apenas supera o prazer da carne não permanece nela muitos dias. E as grandes enfermidades têm, para o corpo, mais abundante o prazer do que a dor.
O essencial para a nossa felicidade é a nossa condição íntima: e desta somos nós os amos.
                                                                   A Filosofia e seu objetivo - fragmentos de Epicuro

ALIENAÇÃO CONSUMISTA-

Vivemos numa sociedade influenciada pelo capitalismo. E nos são lançados continuamente diversos meios que nos levam ao consumismo seja por comerciais, outdoors, novelas, filmes, radio, internet e outros meios de comunicação.

Mas o que nos leva a consumir tanto, por que nos jovens visamos tanto possuir objetos de "marca"?

O ser humano necessita consumir, mas quando este consumir passa de uma necessidade de sobrevivência para um vicio, se torna um perigo.

Três etapas podem explicar claramente o porquê de consumirmos tanto, mesmo sem termos meios para quitar as dividas geradas desta pratica:

1º etapa - O NARCISCISMO: Nos jovens anseiamos a beleza, este ser belo (ou pelo que se entende para ser belo), tende ser alcançado com o possuir de roupas, celulares e sapatos feitos por indústrias de renome, dados como estilosos e da "moda".
2º etapa - ORGULHO: O ser humano por natureza necessita chamar atenção, ser notado, observado, "invejado". E muitos se prestam a papéis ridículos para o alcançar de tal objetivo. Este anseio de atenção presente nos jovens é devido a este não aceitar passar despercebido assim querendo se destacar em meios as vezes extravagantes.
3º etapa - SENSUALISMO: ou erotismo, este pode ser entendido como a dicotomia sexual homem e mulher.
 O ser belo para chamar atenção, normalmente do sexo oposto.

O consumir é algo prazeroso, para ambos os sexos, mas se não controlado pode trazer serias dores de cabaça. Numa adaptação pessoal das ideias de Karl Marx, saliento que devemos primeiramente pagar as dividas, honrando com nossos compromissos; compra o necessário para nosso sustento; separar 30% do salário como reserva para se precaver contra algum imprevisto e por fim gastar com o lazer.
Se sabermos utilizar o dinheiro com inteligência e não por impulso, quebrando com estes capitalistas que tudo que querem é vender seus produtos retirando todo nosso dinheiro, passarmos a comprar pela qualidade e não pela "marca"; só assim teremos o fim deste neoliberalismo capitalista que consome nosso salário muito antes de recebermos...
                                                                                                       j.leonardo

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O PRINCIPIO DA ALTERIDADE-

"Ou aprendemos a viver como irmãos ou vamos morrer como idiotas"- Martin Luther King.


Vivemos em tempos de barbárie, onde a violência reina no mundo, onde as pessoas só se preocupam consigo mesmo, mas de um bilhão de pessoas vivem com menos de um dólar por dia, todos os anos morrem onze milhões de crianças devido a doenças por falta de saneamento básico, todos os dias a AIDS mata 6000 pessoas e infecta mais 8200, a cada 30 segundos uma criança africana morre devido a malária, a cada minuto uma mulher morre no parto ou durante a gravidez, a cada 3,6 segundos uma pessoa morre de fome no mundo. e outras estatísticas que para poucos fazem diferença. pois se não são com eles para que ligar.
Tantas guerras motivadas pelas crenças religiosas, por dinheiro, por preconceitos sem sentido. Visto que todos temos direitos de ser livres.
E cada a alteridade, cade a justiça, cade o amor ao próximo?

Venho trazer algo que não é novo, mas vem sendo esquecido pela grande parte das população: o principio da alteridade. O antónimo de identidade, o se colocar no lugar do outro, o respeitar as diferenças. O principio da alteridade não se aplica só entre indivíduos, mas entre grupos culturais, religiosos e científicos.
Praticar a alteridade é exercer a cidadania, ser capaz de aprender com o outro.

Olhe para os dedos de sua mão, todos diferentes. E por ser assim ficam harmoniosos quando visto em conjunto. Agora imagine se todos fossem iguais. Como seria?
A sociedade é como os dedos de sua mão, todos diferentes; seja numa nação, na cultura, na religião ou na própria vida. E por sermos assim, tão diferentes, somos capazes de conviver juntos, de se relacionar... Que bom que seja assim!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

RENASCIMENTO- século XV e XVI

 O desenvolvimento da cultura e da vida urbana e os avanços tecnológicos abriram novos horizontes para  os países europeus.


[renascimento01.jpg]A invenção e difusão da imprensa, o descobrimento e as viagens de exploração, o amadurecimento das línguas vulgares e a reforma protestante foram fatores que abriram a visão medieval e contribuiram para o surgimento de um novo período.

A super valorização do homem (antropocentrismo- homem no centro do universo)  em oposição ao teocentrismo medieval (Deus no centro do universo) e ao misticismo, a valorização do conhecimento e do mundo, e o grande interesse do homem pelos assuntos da antiguidade clássica. São as caracteristicas que representam as maiores caracteristicas  do renascimento.

Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superam a herança clássica.

O renascimento é uma verdadeira revolução cultural, que corresponde a transcição da época medieval ao mundo moderno.

A denominação renascimento é decorrencia da preocupação dos homens que viveram esse momento histórico em se inspirarem nos valores e ideais clássicos (greco-romano) em oposição aos valores medievais que desprezavam.

Esse período também ficou conhecido como como Classicismo, onde os artistas não se contentavam em observar a natureza mas buscava estuda-la e imita-la. Os escritores introduziam em suas obras temas pagões, representar o ideal do amor platónico, um culto a beleza, e a exaltação do antropocentrismo.

O poeta que melhor traduziu os anseios do homem português renascentista foi Luis de camões.

Nesse periodo surgiu os filósofos: Nicolau de Cusa, Erasmo, Maquiavel, Thomas More, Paracelso,  Francis Bacon, Galileu Galilei, Isaac Newton, Giambattista Vico, William Shakespeare, Leonardo da Vinci,  Michelangelo Buonarroti, entre outros...

O QUE É ÉTICA? PARA QUE SERVE? QUAL SUA FUNÇÃO?


      Muito se fala sobre ética. Mas, como dizia Álvaro Valls: "A ética é uma daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são faceis de explicar quando alguem pergunta".

Vários pensadores em diversas épocas abordaram especificamente assuntos sobre a ética: Os pré-socráticos, Aristóteles, os Estóicos, os pensadores cristãos (Patrísticos, escolásticos, e nominalista), Kant, Espinoza, Nietzche, Paul Tilich etc.

A ética tem origem do grego "ETHOS" e moral do latim "MORALES", etimologicamente falando ética e moral são sinonimas, pois ambas possuem o mesmo significado: conduta humana ou relativo dos costumes.   

Mas muitos a diferenciam em varios aspectos:
1. Ética é principio, moral são aspectos de condutas especificas;
2. Ética é permanente, moral é temporal;
3. Ética é universal, moral é cultural;
4. Ética é regra, moral é conduta da regra;
5. Ética é teoria, moral é pratica;

O conceito de ética é também algo relacionado ao sentimento dos povos, o seu modo de viver e do seus costumes, e tem naturalmente evoluído no seu conteúdo, como evoluem esses costumes ao longo do tempo e da historia.

A ética em Aristóteles pode ser definida como a busca da felicidade dentro do âmbito do ser humano se este homem se esforçar a atingir sua excelência, isto é, se tornar uma pessoa virtuosa. A felicidade para Aristóteles é sucesso em tudo que o homem pretende obter ou fazer.

Em suma, ética são valores, "normas de conduta" que o individuo adquire para si, segundo o que este entende de bem ou mal, de certo ou errado. A moral é a conduta da ética, é pratica-lá, é manifestar a ética em grupo, demonstrar tal valores. tudo com um fim: SER VIRTUOSO.
                                                                                                         j.leonardo

domingo, 14 de novembro de 2010

TROVADORISMO- século XVII ao século XV

A queda do Império Romano e as invasões dos povos bárbaros ocasionaram o surgimento de uma nova época: denominada Idade Média. Este período se inicia com o avanço do cristianismo e é consequencia da desegregação do povo, que correram para o campo, com o objetivo de fugir dos bárbaros (todos que não respeitavam a cultura greco-romana).

Nesse período há uma grande preocupação com os ideais gregos e judaicos em relação ao novo testamento, surge a literatura cortesã e as novelas de cavalaria. Esse período ficou denominado como trovadorismo (1198-1434).

o saber era restrito aos mosteiros (à igreja), pois tanto a nobreza, que se encontravam constantemente em lutas, como o povo permaneciam na ignorância.

Nesse periodo reinava a ideia de que no centro do universo  se encontrava deus (teocentrismo), lendas de monstros marinhos, mitos da terra ser plana e o nosso planeta ser apoiado nas costas de elefantes.
O trovadorismo foi o primeiro movimento literário no Ocidente. Seus poemas eram acompanhados com instrumentos (estas denominadas cantigas).

As cantigas eram criadas por trovadores, retratavam os sentimentos entre guerreiros e nobreza- amor platónico (cantigas de amor) os sentimento de uma jovem camponesa em relação ao seu amante distante- comumente viajado para uma guerra (cantigas de amigo), criticas indiretas sem identificação (cantigas escárnio) e críticas diretas com identificação (cantigas de maldizer).

Nesse período surgiu filósofos como: Santo Agostinho, João Pilopono, Santo Anselmo, Pedro Abelardo, Thomas de Aquino, Alberto magno, William de Ockhan... entre outros....

Você já deve ter feito a famosa pergunta: Por que estudar isso?
Realmente, se não conseguimos encontrar a mínima relação com o presente, não há nenhum sentido para tal estudo.

Mas, se olharmos atentamente para as caracteristicas da cultura trovadoresca verificamos que essa tradição não morreu, apesar de ter sofrido inúmeras transformações ao longo do tempo. Mesmo no Brasil que não viveu nesse período traz consigo marca do pensamento medieval. Deixarei para vocês comentarem quais são essas marcas...
                                                                                            j.Leonardo

ANTIGUIDADE CLÁSSICA (grécia/roma)- século V a.C ao século V d.C



A civilização grega, devido a sua concepção de mundo, sua organização social e sua contribuição artística, constitui um dos grandes tesouros da história universal. Essa extraordinária civilização se desenvolveu entre o século VIII e II a.C.

Esta civilização era organizada em cidades-estado que possuíam seu próprio governo e leis. A Grécia desenvolveu uma cultura centrada no homem, na razão, na beleza e na justiça, marcada pela mitologia e por um profundo sentimento religioso.

A literatura clássica engloba toda criação greco-romana entre o século V a.C ao século V d.C. O assombro e a curiosidade com que os gregos contemplavam a natureza está presente nas primeiras manifestações literarias gregas que buscavam explicar o mundo por meio de mitos e lendas. Nessa cultura surgiu os três maiores filósofos do mundo antigo: Socrátes, Platão e Aristóteles.
   
Nesse período surgiram os filósofos: Euclides, Pirro de Élis, Epicuro, Arquimendes, Erastostenes, plotino, Epiteto, ptolomeu, Cícero, sêneca, Marco Aurélio, Boécio... entre outos.....                                       
                                                                                                                  j.leonardo

UNO- "O princípio de tudo- o Deus"

Quando discursava,
seu intelecto visivelmente iluminava sua face:
de presença sempre cativante,
nessa época ele havia se tornado ainda mais encantador:
uma leve umidade escorria de sua fronte;
Plotino irradiava benignidade.
(Porfírio, Sobre a Vida de Plotino…)

O conceito de Uno atribuído a Plotino (c. 205 – 270) causou um enorme impacto no modo tradicional grego de pensar, conhecer tal conceito é conhecer uma das raízes que ao passar dos anos, na idade média, veio formar o próprio conceito de Deus no cristianismo.

"Tão relevante é à formação do cristianismo dos primeiros séculos da era cristã, que se acredita a ele a fonte que teria levado Agostinho às reflexões que lhe serviram de base para formulação de sua doutrina; porquanto fora através da leitura de Plotino e de Porfírio que o Bispo de Hipona, por fim, conceberia então o conceito do Ser eterno e imutável, a realidade imaterial que transcenderia seu espírito" (Bochet, 1996:41).

"Foram os conceitos do neoplatonismo que conduziram Agostinho à crença de que o universo não somente havia surgido de um Princípio Uno, mas que também tendia a retornar à Unidade" (Marrone, 2008:30).

O Uno antecede e gera o Pensamento, que, por sua vez, é identificado com o que ele chama de Espírito ou Inteligência (Nous). Sem o Primeiro Princípio, o Espírito nada seria (Laurent, 1996:423).

Ainda segundo a elaboração plotiniana, o Uno se caracteriza por ser absolutamente Uno, e não-múltiplo; sem limites; sem extensão, nem figura; sem movimento, nem repouso; atemporal, sem sentido, nome ou conhecimento (Bezerra, 2006:71)

O Uno ainda constitui a primeira das três hipóstases que compõem a filosofia Plotino. As demais são: a segunda hipóstase, o Espírito; e a terceira hipóstase, denominada de Alma. As hipóstases são sucessivas e ocorrem através do que Plotino denomina Processão (Próodos).

Segundo Plotino, o Uno refere-se a Deus, dado que sua principal característica é a indivisibilidade. "É em virtude do Uno [unidade] que todas as coisas são coisas." (Plotino, Enéada VI, 9º tratado).

Assim, o Uno, por ser livre, através de sua atividade e pela Processão, gera o Espírito. Este último, a seu turno, também pela Processão, gera a terceira e derradeira hipóstase, a Alma, o mundo sensível.

Assim foi concebida a ideia do Uno por Plotino: gerador de todas as coisas e, ao mesmo tempo, destino de tudo o que foi gerado. Alguma semelhança com o Deus cristão?
                                                                                                                j.leonardo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

UMA SOCIEDADE INSENTA DO DINHEIRO-

Quantas pessoas morrem por dia influenciados pelo dinheiro? Por um egocentrismo, uma ganância que a consome e assim capaz de tudo para saciá-la. Este sistema capitalista implantado na sociedade assim que o homem sentiu a necessidade de possuir bens materiais, quebrando com a fraternidade e a idéia de coletividade gerou diversas conseqüências vista hoje no mundo atual.

Muitas sociedades como os indígenas não se prendem ao uso do dinheiro, pois acredita este ser desnecessário; e tudo que a terra produz para sobrevivermos é direito de todos.

Quando um homem é engolido pela ganância excessiva é capaz de tudo para alcançar o dinheiro; pais e filhos se matam por meras notas (de pequenas quantias) todos os dias.

Seria viável salientar que em uma sociedade não capitalista é proporcionada a igualdade cessando com o paradigma estatal de classes, senda que esta subdivide a sociedade entre "melhores e piores'.

Não estou retratando um pensamento comunista, mas sim criticando a sociedade contemporânea que está presa subitamente ao dinheiro. Nos dias atuais é impossível surgir uma sociedade isenta do dinheiro, pois já estamos influenciadas pelo mesmo. Entretanto, em uma sociedade não influenciada por ele poderia voltar à posse da fraternidade, da coletividade de um direito igualitário se tornando uma sociedade descentralizada.

A sociedade primitiva, datada como "não civilizada”, não possuía governo e a alimentação era algo no coletivo: se houvesse uma caçada toda da tribo ou civilização poderia se alimentar. Sem aquele egoísmo e sem o comercio.

Parece impossível viver sem dinheiro, pois hoje é algo claramente indispensável. Vivemos em uma sociedade capitalista e "uma sociedade capitalista é uma sociedade egoísta".

Mas se isso ocorresse voltaríamos a uma sociedade avançada, não um avanço que utiliza de artifícios para subir a onde deseja, mas um avanço que designa a igualdade e a simplicidade o viver e amar a natureza.

Uma sociedade sem dinheiro é uma sociedade sem corrupção é uma sociedade que visa o bem comum possuidor de um olhar de coletividade.

E isso é tudo que mais necessitamos nos dia de hoje: amor, coletividade e igualdade.

QUAL É O CUSTO ECONÔMICO DA VIOLÊNCIA?

Ver imagem em tamanho grandeNão é um artigo que me orgulho de escrever, é um tema que me indigna por vivermos em uma sociedade instalada numa guerra sem fim que gera um grande saldo de vitimas. primeiramente temos que ter claro em nossas mentes que o custo da violência envolve:

a) atuação dos órgãos da segurança pública, policial civil e militar;
b) Poder Judiciário, Promotoria Pública, Sistema Prisional;
c) custos com as vítimas dos fatos violentos e as instituições públicas responsáveis pelo seu tratamento e reabilitação;
d) os custos indiretos causados para a sociedade, com a perda daqueles indivíduos tanto no mercado produtor como consumidor;
e) os custos da prevenção da violência com as instituições privadas de segurança, instituições públicas de segurança sem falar no sistema de seguridade social.

Se pegarmos e fizermos uma comparação com os gastos para tratamento no e armas para o  combate contra a violência e com sua prevenção, podemos constatar que nesta segunda seus gastos são bem inferiores. Então sairia mais em conta se houvesse um investimento visando prevenir a violência juvenil e adulta para a verba governamental .

Nos Estados Unidos, onde predomina a política de combate ao crime utilizando a conscientização à prevenção, estes gastos correspondem a 2% do PIB. Já em países de terceiro mundo (como o Brasil) os gastos com os efeitos da violência equivalem aproximadamente a 4% do PIB em média- segundo o  Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Os dois bancos calcularam que são gastos algo em torno de US$500 bilhões de dólares, a cada ano, apenas em assistência médica às vitimas de agressões,  considerando para esse cálculo que, em média, uma pessoa baleada (seja vitima ou um traficante) passa oito dias internada, somando a esses custos, internação, equipe cirúrgica, medicamentos, radiografias, material clínico, destacando que os casos mais graves passam a exigir internação em unidades de terapia intensiva e elevam ainda mais esses custos.

Imagine este custo investido na educação, saúde e em outras áreas precárias em nossa sociedade. Faria toda a diferença.

Acho importante salientar que essa violência vem ocorrendo na faixa etária dos 10 aos 19 anos, especificamente com adolescentes que se encontram em situação de risco, associada a desordem familiar, alcoolismo e a dependência de drogas.

Os gastos do setor privado com segurança e seguridade particular, ultrapassam em muito os US$28 bilhões, que correspondem a, aproximadamente, 6,41% do produto interno bruto (PIB).

Acredito que o maior custo seja o sentimento que aflige esta família, que teve um filho ceifado pela violência urbana. Quando me refiro ao custo, estou me dirigindo ao valor financeiro que se é destinado e todas suas outras consequencias.

Mas quem a paga, o governo? Não. Indiretamente quem os paga somos nós com utilização de nossos impostos, e assim será a prevenção; nós que teremos que bancar.

O crime só terá fim, quando aqueles que dirigem as verbas forem trocados por políticos preocupados não apenas com as posteriores eleições mas sim com a calamidade que se encontra nosso país.
                                                                                   j.leonardo

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ABORTO: OPÇÃO OU ASSASSINATO?

Este e um assunto que meche muito comigo vou lutar para manter minha imparcialidade enquanto escrevo (mesmo sendo impossível). A primeiro ponto a criminalização do aborto não irá cessar com o mesmo, este ainda será feito clandestinamente; apenas teremos um salto de óbitos, levando em consideração que  as mulheres que abortam em clinicas legalizadas serão obrigadas a abortar em locais sem os mínimos recursos.

Muitos religiosos (devido à grande incidência destes serem contra tal pratica) utilizam do argumento "o aborto é errado, pois vai contra a dignidade humana por atentar a sua santificidade"; não estou generalizando, também sou religioso, mas vemos que muitos destes foram contra a fertilização in vitro- que trouxe grandes avanços, contra as células tronco- esperança para muitos deficientes e outros... Acredito que nós evoluímos, a tecnologia evolui, o mundo evolui, porque a religião também não evolui?

Esta medida vem criando grande discordância, algo que aumenta a "rixa" entre fé e razão. No Brasil a lei é a favor dos casos de aborto quando põe em risco a saúde da mãe ou em casos de estupro, fora destes casos está sujeito a detenção ou reclusão.

Sou contra o aborto, acredito que esta não é uma medida viável para resolver problemas, como gravidez indesejada. (disse que seria impossível...)

O que você entende por assassinato? Sem etimologia, assassinato é retirar uma vida contra a vontade da mesma. Quando se aborta uma criança, ou um feto que com três meses já possui mãos e pés formados, você retira o direito desta de vir a vida, isso é assassinato. Muitas mães após abortar entram em depressão ou quando pensavam em abortar  e não o fez, repudia a ideia de já ter pensado em fazê-lo.

Acredito que algo que não nos falta é informação, pois meio de se prevenir já existem, há medidas simples que impedem uma gravidez indesejada.

A lei contra aborto retira o direito pessoal e intrasferivel da mulher poder matar o próprio filho, pois quando se pensa em criar uma lei proibindo tal prática quebra este direito.

Vamos colocar em "pratos limpos" (como dizem no popular), o aborto e a legalização deste são coisas totalmente diferentes: a legalização do aborto reflete o direito único e soberano da mulher em decidir uma questão que condiz ao seu próprio corpo. Esta escolha não cabe a ninguém mais que a mulher em si, sejam políticos, governo ou muito menos a religião.

Cabe ao governo proporcionar segurança as mulheres  para que estas não sejam alvo de violência para que não ocorra estupro ou gravidez decorrentes de estupros.

Antes de formar sua opinião peço que filosofe e pesquise mais sobre o tema, por ser um tema tão serio, discordante e polemico não pode ser tratado como algo leviano, como numa conversa sobre futebol ou sobre novela.
                                                                                        j.leonardo

AS COTAS: CONQUISTA OU PRECONCEITO?

Desenvolver um projeto dissertativo com temas tão polêmicos me interessa grandiosamente.

 As cotas são vigentes no Brasil desde novembro de 2001, gerando uma pequena porcentagem de vagas em faculdades destinadas à pessoas de origem afro descendente (cor parda ou negra).

Tal medida vem gerando grande polemica dividindo diversas opiniões. Alguns dizem que esta medida aumenta a dicotomia existente entre negros e brancos, outros preservam as cotas mas aconselha esta ser definidas por escolas (publicas e particulares), há também aqueles mais radicais que tem como filosofia a exclusão total das cotas, e por fim outros vêem nela a esperança de uma boa faculdade.

Esta medida não busca apenas matricular alunos afro descendentes nas faculdades, mas aumentar a sua permanência na mesma; sendo que uma grande porcentagem destes alunos não conclui o curso.

Entretanto, em contra partida a esta ideia de preconceito, podemos notar o numero de estudantes negros nas escolas públicas, e esta sabemos não possuir uma boa qualidade de ensino; se houvesse uma educação publica de qualidade não seriam necessárias as cotas.

Os próprios negros agem de preconceito a si mesmo ao aceita-las, pois admite ser incapaz de alcançar uma boa faculdade com seu próprio conhecimento.

Estudar é o único meio viável para conquistar uma bolsa na faculdade de seus sonhos e não necessitamos de "presentes" governamentais para alcança - lá.

As cotas não são destinadas para alunos afro descendentes, mas para aqueles de pele escura que são separados a dedos. Dizer que o preconceito não existe é um erro. Esta mancha é vigente no nosso país até nos dias de hoje, podemos presenciar diversos modos preconceituosos do dia-a-dia cometidos por nós (não negue!) e por pessoas a nossa volta.

Alguns dizem ser uma conquista outros dizem ser uma conquista rumo ao fim do preconceito, outros já dizem ser o mais puro preconceito: seja pessoal (do aluno) ou governamental. O governo ao criar as cotas cometera um grande erro, se o finalizar terá que aguentar os diversos protestos em frente as suas salas.

Mas só entre nós; enquanto existir as cotas não adiantará de nada as conquistas contra o preconceito em toda historia, toda esta luta seria á esmo; mas será que os negros são incapazes de se destacar em uma prova externa, sendo necessário uma "mãozinha" do governo?
                                                                                                     j.leonardo

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CLONAGEM: DRIBLANDO A ÉTICA?


Em biologia, pode se definir clonagem como processo em que se adquire um clone ou um conjunto de indivíduos possuidores do mesmo código genético.

A ciência vem avançando exponencialmente suas pesquisas nessa área, criando métodos e técnicas que possibilitam clonar células, órgãos, pele e ossos.

A clonagem se divide em dois tipos; o que diz respeito á clonagem reprodutiva, ela tem como objetivo produzir organismos completos. Entretanto, clonagem terapêutica serve para a produção de órgãos ou tecidos que posteriormente serão utilizados para tratar doenças ou deficiências.

Este método pode vir ajudar os casais inférteis que por diversos fatores são incapazes de ter filhos, baixar ou extinguir o trafico clandestino de órgãos, eliminar as filas a espera de um transplante, salvar e preservar espécies de animais a beira da extinção, restaurar membros amputados, crescer nervos ou parte posterior da coluna vertebral, assim tetraplégicos poderão sair de suas cadeiras de rodas e voltar a andar.

A clonagem da ovelha Dolly foi um grande avanço para a ciência. Mas, com o passar do tempo foi percebido que a ovelha Dolly possuía as extremidades de cromossomos diminuídos, estas anomalias geraram envelhecimento precoce e doenças; nos últimos dias de Dolly ela se encontrava com uma doença degenerativa incurável nos pulmões.

Richard Seed, físico nuclear de Chicago- especialista no assunto, refere-se que "(...) não se pode parar a ciência. (...) clonar e reprogramar o DNA é o primeiro passo sério para sermos um com Deus".

Em contrapartida, o Papa Bento XVI, qual é bastante critico neste assunto, salientando que "um homem produzido por outros homens no laboratório deixa de ser um presente de Deus".

Um dos argumentos contra são os números de embriões que "morrem" no processo; mas este número seria compatível ao numero de embriões descartados lançado ao lixo?

Pessoalmente, sou a favor das pesquisas, mas fico com um pé atrás para seus fins; pois mesmo tendo como fim um caso nobre, qual sobressaem suas consequências; este modo de escolha das características de filhos, o fim do trafico de órgãos em troca do trafico de bebes, o aproveitamento destas pesquisas por médicos gananciosos; bem... Isso me assusta um pouco...
                                                                                                j.leonardo

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

OS QUATRO PERÍODOS FILOSÓFICOS-

A filosofía grega pode ser dividida em quatro períodos:


- Os pré socráticos (século VI- IV a.C): Também conhecido como periodo materialista. Os pré socraticos, dentre eles os Jônios, estavam convencidos que uma única matéria prima que formava e constituia todas as demais matérias do universo. Tratando tudo de uma forma racional e não mitológica; estes contribuiram para o surgimento da filosofía. (Obrigado pré socraticos!)

-Socráticos (Século IV a. C): Conhecido como período sistemático ou antopológico, este foi o periodo que mais influenciou e a mais importante do pensamento grego. Preucupados com os problemas metafísicos (socrátes, platão e Aristóteles) trocam o interesse pela natureza  pelo interesse no principio ético.

- Pós socráticos (século IV a.c- VI d.C): Conhecido também como período ético, nesta fase o pensamento filosofico é voltado pera os problemas morais decaindo a metafísica.

- Religioso: também conhecido como periodo cristão, assim chamado por ter sido um período influenciado pelo surgimento do cristianismo e pela grande importancia dada a religião. Neste perído os fcilósofos lutavam para conscientizar a razãoe fé; a filosofia-religiosa tinha como objetivo alcançar, e levar o povo a alcançar, o conhecimento salvador de Deus. Fizeram parte desse período os Neopitagóricos, os gnósticos e os Neoplatônicos.

A FILOSOFÍA NOS PRIMORDIOS DA HUMANIDADE-

A filosofia surgiu na Grécia por volta do início do século VI a.C considerando exclusiva criação do povo grego, constitui uma influencia da cultura ocidental.

Nas demais civilizações por serem teocráticas, que tudo girava em torno da religião e o saber era algo exclusivo da casta sacerdotal não era adimitidos pensadores individuais.

Os gregos tinham a religião como uma prática social e cultural que não pretendia responder as interrogações do universo, e que não podiam elaborar questões teológicas que aprissionassem a razão.]As eternas perguntas- de onde viemos, aonde vamos, o que é e que sentido tem o mundo que nos rodeia?- incansavelmente os gregos tentavam responder com algumas influencias orientais.

Os primeiros filosofos foram os Jônios, floresceram nas colonias da Ásia Menor e na Magna Grécia, onde possuiam uma liberdade bem maior do que na metrópole.

A estes homens sabios foram atribuidos grandes feitos como prever eclipses, medir distancias de navios no mar, trazar mapas, estudar astrologia, matematica...

Podemos definir filosofia como ciência dos principios das causa. O seu objetivo inicial é que esta se tornasse a mãe de todas as ciência que fossse o conjunto de todos os conhecimentos.

Atribui-se a pitágoras a primeira utilização do termo "filósofo" (philos- amigo, amante; sophia- sabedoria). A filosofia surge quando nos indagamos, quando algo começa a nos intrigar, captando nossa atenção; assim passamos a nos interrogar issistentemente em busca de uma explicação.

Platão e Aristóteles afirmavam com convicção que o que dá origem ao saber filosófico, é algo que os gregos chamavam de "THAUMA" (espanto, admiração, perplexibilidade).

Certa vez, me perguntaram se eu me considerava um filósofo sem pensar muito logo respondi: Sim. No literal da palavra Philosopho- amante do saber; aquele que o ama , o almeja, e o visa acima de tudo. Pois um filosofo não é aquele que possui um conhecimento colossal, mais aquele que o busca isaciavelmente. 
                                                                                                                   j. leonardo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DEUS EXISTE?- "As cinco provas da existencia de Deus por são thomas de aquino"




  • 1) Movimento:
    Este primeiro argumento parte da constatação de que as coisas se movem. Galáxias, planetas, rios, nuvens, homens, moléculas, tudo na natureza está em constante movimento e transformação.

    E se existe o movimento, existe também aquilo que provoca o movimento. Como um jogador que chuta uma bola, um raio que incendeia uma árvore ou a força gravitacional que mantém corpos celestes em órbita.

    Constata-se, portanto, que este agente do movimento é externo, ou seja, nada pode mover a si próprio, ou ser, ao mesmo tempo, motor e movido: nenhum carro se locomove sem algum tipo de combustível.

    Mas este raciocínio conduz a um absurdo lógico: se todo movido possui um motor, há uma sucessão infinita e, não havendo um primeiro motor, também não haveria um segundo e assim por diante. Em resumo, o movimento seria impossível!

    A única forma de explicar o movimento é conceber Deus como causa motora primeira, que não é movida por nenhuma outra.




  • 2) Causalidade:
    A segunda via é parecida com a primeira. Observa-se na natureza uma ordem segundo uma relação de causa e efeito. O homem com o taco de bilhar é a causa; a bola que entra na caçapa, o efeito.

    É impossível algo ser causa e efeito ao mesmo tempo: a bola de bilhar não entra sozinha na caçapa. Contudo, se toda causa tem um efeito, haveria, novamente, uma seqüência infinita, a menos que admitamos uma causa primeira no universo, que é Deus.




  • 3) Possível e necessário:
    As coisas podem ser e não ser. Todas as pessoas que conhecemos e nós mesmos não existimos para sempre. As coisas nascem, se transformam e morrem. Em outras palavras, somos seres contingentes.

    Porém, isso nos leva a pensar que houve um momento em que nada existia, um instante de puro nada, que os astrônomos, atualmente, localizam antes do "Big Bang", e que deu origem a tudo que há no universo.

    Para que o universo saísse da mera possibilidade para a existência é preciso imaginar que algo tenha provocado isso, caso contrário o nada persistiria como nada.

    Conseqüentemente, entre todos os seres possíveis (que podem ser e não ser), é razoável acreditar que haja um que seja necessário, isto é, não contingente. Como necessidade precisa ser causada, retorna-se ao absurdo das cadeias causais infinitas do segundo e primeiro argumentos, a menos que Deus exista como necessário por si mesmo.




  • 4) Graus de perfeição:
    O quarto argumento é mais fácil de entender. Diz Tomás de Aquino: "Encontram-se nas coisas algo mais ou menos bom, mais ou menos verdadeiro, mais ou menos nobre, etc." Por exemplo, fulano é mais legal que beltrano, o banco A é mais confiável que o banco B, etc.

    "Ora, mais ou menos se dizem de coisas diversas conforme elas se aproximam diferentemente daquilo que é em si o máximo". Quer dizer, para afirmar que uma coisa é mais ou menos em graus de perfeição, é preciso ter algo como parâmetro comparativo, dotado de perfeição absoluta, como um quente absoluto que permite dizer que esta água está muito quente - e aquela, apenas morna.

    Conclui Tomás de Aquino: "Existe algo que é, para todos os outros entes, causa de ser, de bondade e de toda a perfeição: nós o chamamos Deus".




  • 5) Finalidade:
    A quinta e última via trata dos seres que se movem em uma direção, que possuem uma finalidade, o que é facilmente verificável na vida na Terra, que progride rumo a maiores níveis de organização, desde simples bactérias até modernas sociedades humanas.

    Tomás de Aquino usa como o exemplo o arqueiro: a flecha só parte em direção ao alvo porque existe o arqueiro que mira e dispara, isto é, porque há uma inteligência guiando a flecha. O "arqueiro" do universo, por assim dizer, é Deus.
  • PLOTINO- "Morrer é mudar de corpo como os atores mudam de roupa."

    ReproduçãoPlotino é geralmente considerado o fundador do chamado neoplatonismo. Ele é um dos mais influentes filósofos da Antigüidade, depois de Platão e Aristóteles. Aos 28 anos, um crescente interesse por filosofia levou-o a Alexandria, onde tornou-se discípulo de Amônio Sacas por 11 anos. Depois disso, Plotino dedicou-se ao estudo da filosofia persa e indiana.

    Ele permaneceu em Alexandria até o ano 243, quando deixou a cidade para seguir o imperador Jordano em uma expedição ao Oriente. Morto Jordano no meio da expedição, Plotino decide ir a Roma, onde chega em 244, fundando uma escola a partir dos ensinamentos e exemplos de seu mestre e real modelador do movimento neoplatônico, Amônio Sacas.

    Assim como Sócrates, Amônio nada deixou escrito, mas sua doutrina foi divulgada e aperfeiçoada por Plotino, tal como, antes, a mensagem de Sócrates havia sido eternizada pelos testemunhos de Platão e Xenofonte. Amônio conciliou as idéias de Platão e Aristóteles e transmitiu a seus discípulos, em especial a Plotino, uma filosofia livre do espírito de polêmica, às vezes resultante de mera vaidade pela disputa intelectual.

    Após fundar sua escola, Plotino passou 10 anos apenas ministrando lições, sem nada escrever, por respeito a um pacto que fizera com Erênio e Orígines, o Pagão, no sentido de não divulgar a doutrina de Amônio. Mas logo seus colegas romperam o trato e Plotino começou a escrever tratados. Seus escritos foram ordenados mais tarde por seu discípulo Porfírio, que os dividiu em seis grupos de nove tratados, de onde veio o título "Enéadas", pois, em grego, nove se escreve "ennea".

    Esses escritos estão entre os mais importantes que chegaram até nós desde a Antigüidade, junto com os diálogos platônicos e os escritos esotéricos de Aristóteles. Neles, é possível perceber a profundidade espiritual do pensamento de Plotino, carregado de imagens poéticas e explicações de fenômenos como a saída da alma do corpo (projeção), a análise do uno (holos), a existência de um mundo físico e um outro espiritual, entre outros assuntos.

    As últimas palavras de Plotino, dirigidas ao médico Eustóquio, foram: "Procurai sempre conjugar o divino que há em vós com o divino que há no universo".


    EUCLIDES DE ALEXANDRIA-


    Matemático grego, ficou conhecido pelo seu mais famoso trabalho "Elementos". Muito pouco se sabe da vida deste matemático, sabe-se que ensinou em Alexandria, no Egipto, durante o reinado do rei Ptolomeu I (306-283 a.c.). Alcançou grande prestígio pela forma brilhante como ensinava Geometria e Álgebra, conseguindo assim atrair para as suas lições públicas um grande nº de díscipulos

    O nome de Euclides ficou na história da ciência para sempre associado à primeira concepção da Geometria como um conjunto sistematizado e lógico de propriedades. Muitas dessas propriedades eram já utilizadas anteriormente, de forma dispersa e com objectivos, tanto utilitário como de mero prazer intelectual ou artístico, por outras civilizações, mas Euclides organizou-as de forma lógica e demonstrou-as tomando como ponto de partida um conjunto reduzido de proposições que toma como verdadeiras sem necessitarem de demonstração e a que se chama axiomas ou postulados.

    A sua obra, Elementos, constituída em 13 volumes, apresenta a Geometria com estrutura de ciência. A forma como recorrer ao raciocínio dedutivo fez com que gerações a tenham estudado nas suas inúmeras traduções, até aos nossos dias. Por isso se diz que a obra de Euclides constitui dos maiores best-sellers de sempre, só sendo ultrapassada pela Bíblia.

    SABEDORIA X CONHECIMENTO X INTELIGENCIA

    Muitos os tratam como sinonimos, mas são caracteristicas humanas bem diferente; se os colocasem em categorias o colocaria na seguinte ordem: sabedoria, conhecimento e inteligencia.




    - Conhecimento (do grego scientia) é todo meio de informação que se adquire na experiencia: na vida ou em livros. Em oposição, alguns filosofos, como platão, acreditava que nascemos com o conhecimento (teoria do mundo das idéias) mas o perdemos assim que chegamos a terra e devemos recuperá-lo novamente.
    tudo que aprendemos é conhecimento; segundo Dalai Lama "o conhecimento sem utilidade não é virtude"

    - Quando falamos inteligencia (do grego intellectus- intelligere= inteligir, entender, compreender) diretamente ligamos seu conceito ao de conhecimeto; como se inteligencia é o total de conhecimento que certa pessoa possui. Comumente falamos: "Como fulano é inteligente". Esta caracteristica pode vir ser definida como a capacidade humana de raciocinar, compreender idéias e linguagens, resolver problemas aprender. Em suma, a inteligencia, nada mais é, que a aplicação do conhecimento; pois por maior que seja seu conhecimento sem aplicação o mesmo não serve para nada.
    Posso dizer que o inventor da bomba atomica (perdoe-me por não saber seu nome) tinha conhecimento mas o faltou inteligencia que neste casos foi utilizados por fim odiosos.

    - Sabedoria (do grego sofia) é a soma da inteligencia e conhecimentos ( não entendram, certo?). A sabedoria é o uso da inteligencia visando um crescimento espiritual. Socrates e platão concordavam que a sabedoria apenas os deuses possuem e cabem ao homem ser amigo do saber "philo sophia".a sabedoria seria a unidade que ajuda o homem a reconhecer os seus erros e os da sociedade e corrigi-los. Por isso quando temos uma escolha a fazer, um problema a enfrentar não devemos usar da inteligencia mas do conhecimento. Pessoalmente, caracterizo a sabedoria como sinonimo de razão e consciencia.
     O conhecimento pode vir ser usado para o mal, a sabedoria não pois perde a essencia e se torno um mero conhecimento qualquer.

    Enfim, este são as tres maiores virtudes humanas, porem conceitos tão distintos entretanto fortemete interligados.
                                                                                                                       j.leonardo

    O QUE ACONTECEU COM A JUVENTUDE HOJE?-

    Ando pelas ruas, sabe o que vejo? Vejo jovens sem rumo, que com o tempo perderam suas ideologias, perspectivas, seus sonhos...



    Vejo jovens que não estão ligando nem um pouco para política, pelo país ou pelo mundo...

    Vejo jovens egoístas, egocêntricos, que só estão preocupados em baladas e em ficar; vejo rapazes só interessados em quantas bocas vão beijar ou em quantas garotas irão "pegar". As garotas só interessadas na aparência, capaz de fazer de tudo para alcançar este ideal de corpo perfeito que tem em sua mente, originadas de revistas e fotos de modelos.

    O que aconteceu conosco? No regime militar nós jovens lutávamos pela liberdade o mesmo o período do modernismo, onde surgiu os hippies e outros grupos de vanguarda, que só buscavam ser livres: com suas opiniões, vontades e estilo.

    Me decepciona viver em uma sociedade assim, onde os jovens se perderam no tempo; quando falamos em medidas ecológicas para´proteger o planeta, é entediante; se falamos em se preservar para o casamento, hoje é caretice;  se falamos em política, não estão nem aí; esta é a nossa realidade.

    Mas algo me alegra, conheço algumas pessoas que não são assim, que possui a minha mesma filosofia, que vesti a camisa para sair e lutar pelo mundo, pessoas instruídas, jovens como nós, que buscam mudar o mundo.

    Se você é mais um acomodado, mais um jovem no mundo que daqui a alguns anos morrerá e em todo este tempo não há de ter levantado uma única poeira; que tem como lema: "quero curtir a vida". Sinto muito! felizmente, ainda tem tempo de mudar.

    Somos jovens. temos força para levantar o mundo, capaz de gerar revoluções, podemos protestar, lutar para construir nosso próprio futuro. Não aceite ser mais um, faça a diferença neste mundo...

    Ao passar do tempo os jovens se cansaram, cansaram de lutar, cansaram de ser a diferença. Este foi o nosso principal erro.

    Juntos de mãos dadas vamos mudar o mundo,  vamos lutar pelo nosso espaço pelo nosso futuro pelo futuro de nossos filhos,.

    O futuro está em nossas mãos e somos os únicos capazes de torná-lo um lugar melhor. E é isso que eu vou fazer e vocês vem comigo?
                                                                                                                    j.leonardo

    quarta-feira, 3 de novembro de 2010

    O AMOR SE TORNOU ALGO OBSOLETO?

    Quem nunca amou? Quem nunca disse eu te amo? Quem nunca quis encontrar a pessoa amada? O amor é um princípio humano relacionado com um conjunto de afeições que reuni diversos sentimentos em relação a uma pessoa.



    A nossa consciencia presencia diversas formas de violencia, sofrimentos, é posta em momentos constante de tristezas; uma medida tomada para amenizar tudo isso é o amor, o nosso cerebro cria um conjunto de sentimentos, o que denominamos amor, iniciado de uma afeição para que possamos encontrar a felicidade. Quando amamos nos tornamos pessoas melhores, sonhamos, somos pacientes, buscamos trazer a felicidade a pessoa amada...

    A paixão, comumente confundida com o amor é um conjunto de sentimentos, originados por uma atração física; embasada normalmente nas aparencias, que surge com uma força enorme e desaparece num piscar de olhos.

     Devido a necessidade do amor os jovens "ficam" este é um modo de amar sem assumir nenhum compromisso.

    Alguns creem em alma gemêa; mas não se torna algo redundante, cansativo e chato viver com alguem identico a você? Outros creem que os opostos se atraem; mas tentas divergencias não originam em brigas constantes?

    É... o amor é algo complicado...

    Me entristece pensar, nem que seja por alguns segundos, que um sentimento tão divino e gracioso venha ter caido em desuso, no esquecimento... Deus nos deu a possibilidade de Amar pois Este sabe, e eu tambem, que este é o unico jeito de alcançar a felicidade , sem este "sentimento' a vida fica a esmo...
                                                                                                                      j.leonardo

    PRESTE A REGURGITAR A POLÍTICA BRASILEIRA-

    É correto afirmar, e a experiência histórica confirma, que o possível não teria sido alcançado se não houvesse sempre a tentativa de alcançar o impossível” (Max Weber).



       De início sem generalizações. Pessoalmente, me esforço para crer que uma grande parte dos políticos (sua maioria) são honestos e buscam ajudar as pessoas. Mas ainda existe um grupo de políticos egocêntricos, que desviam dinheiro da educação, saude e outros; criando uma ideia de POLITICA CORRUPTA que absorvermos e generalizamos como se todos os políticos a praticassem.

    Essa crescente descrença da população em relação à política é uma marca de nosso tempo. As eleições diretas antes vistas como o caminho direto a democracia, passa a ser uma obrigação e um "cargo" a população, que votam apenas temendo uma multa (que não chega nem à R$: 10,00).

    Não sendo de se espantar em alguns países onde o voto é facultativo, como a alemanha; o numero de eleitores que deixam de votar, inclusive os jovens, vem crescendo a cada eleição.

    O motivo de tal aversão populacional à política, é o descompromisso com as promessas feitas véspera das eleições, que apenas serve para iludir a população com falsas perspectivas de mudanças, assim os elegendo, e não vendo posteriormente a miníma mudança.

    Em primeiro lugar, devemos cobrar; estar em frente aos escritórios destes deputados, governadores, senadores, presidentes exigindo que eles cumpram suas promessas.

    Literalmente, esta eleição de 2010 foi uma enorme palhaçada; vi no segundo turno uma disputa pessoal entre partidos, não havendo apresentações de planos governamentais e propostas importantes para a população. Aliás de um deputado federal eleito, por mais de um milhão de votos, só por fazer palhaçadas. Acredite: Em minha opinião, foi o protesto brasileiro mais idiota de todos os tempos.

    Política, segundo Platão e Aristóteles, deve ser a mais nobre das ocupações humanas, ser o empenho da realização do bem comum, do bem da coletividade, a qual se aplica a um proposito final.

    Hoje, o conceito pode ser: Uma arte (um jogo de cintura- no popular) de de se manter no poder, o fazer o bem, não é um fim mas um meio de conquistar o apoio dos cidadãos para conservar este poder.

    Um professor recentemente comento: "um jovem prefere entrar em uma ONG do que e m um partido político, sendo que uma ONG é apenas um projeto de assistência para algumas pessoas (uma minoria), que não é capaz de originar mudanças significativas. Entretanto, em um partido político o jovem pode fazer toda a diferença: lutar por um país justo, por uma política eficiente este deveria ser o objetivo de todos nós.

    Como um jovem, sonho com uma política honesta, sonho com políticos visando um futuro melhor para as pessoas carentes, uma educação igualitária, uma unidade de saúde eficiente,: É tudo que espero é tudo que sonho...

                                                                                                                  j. leonardo

    terça-feira, 2 de novembro de 2010

    RACIONALISMO E EMPIRISMO

    Estas duas correntes do pensamento ocidental determinaram a filosofia especialmente desde o início da modernidade. Na verdade, a discussão vai até a antiguidade com Platão e Aristóteles. Enquanto Aristóteles tinha um posição mais empirista, Platão foi bastante racionalista. Mas esta distinção é muito artificial se aplicada assim à Antiguidade. Como disse, a partir da modernidade, especialmente com o início da era da teoria do conhecimento, a distinção aparece de forma mais clara. O pai da modernindade, Descartes, também é o primeiro grande representante do racionalismo, seguido então por Leibniz. Enquanto os racionalistas se desenvolveram mais na Europa continental, os empiristas foram mais fortes na Inglaterra: Hume e Locke são os dois maiores expoentes deste lado.

    Bem, mas o que é Racionalismo e Empirismo? Esta é uma questão ampla, mesmo porque existe diferentes formas e variantes nos dois lados. O racionalismo de Descartes se distuingue muito do de Leibniz, o empirismo de Hume do de Locke. De grosso modo pode-se dizer: Enquanto o racionalismo afirma que a razão pura (a razão sem influência dos sentidos empíricos) é a maior (ou única) fonte do conhecimento, enquanto o empirismo, pelo contrário, afirma que todo nosso conhecimento é adquirido pelos sentidos empiricos (visão, audição, tato, etc.)

    Essa tensão foi o ponto de partida da filosofia de Kant, que tentou conciliar os dois lados. Mas isso tornou a filosofia kantiana cheia de tensões, que Hegel tenta levar às ultimas consequências no seu sistema dialético. Até a filosofia contemporânea bebeu das duas fontes: no empirismo lógico do círculo de Viena também se procurou conciliar as duas coisas: a lógica é dada imediatamente (inata) à razão, os dados, com os quais a razão lógica trabalha é, por outro lado, material obtido através dos sentidos.

    GALILEU GALILEI- "Não me sinto obrigado a acreditar que o mesmo Deus que nos dotou de sentidos, razão e intelecto, pretenda que não os utilizemos."

    ReproduçãoO pai de Galileu Galilei queria que ele fosse médico e o mandou estudar em Pisa. Mas o jovem estava mais interessado em física e matemática. A vocação do aluno também descontentou o professor Orazio Morandi, que o estimulava a seguir a carreira artística.

    Sua primeira contribuição à ciência se deu no Duomo de Pisa. O sacristão acabara de acender uma lâmpada pendurada numa longa corda e a empurrara. O movimento pendular foi medido com as batidas do coração de Galileu. Ele percebeu que o tempo de cada oscilação era sempre igual e formulou a lei do "isocronismo" do pêndulo. Assim, encontrou o primeiro uso prático para aquela regularidade e desenhou um modelo de relógio.

    A famosa torre inclinada de Pisa fez parte de uma outra experiência para contestar a tese de Aristóteles de que, quanto mais pesado fosse um corpo, mais velozmente cairia. Galileu deixou cair da mesma altura duas esferas iguais em volume, mas de peso diferente. Ambas tocaram o solo no mesmo instante. Em seu livro, "Saggiatore" ("Experimentador") combateu a física aristotélica e argumentou que a matemática deveria ser o fundamento das ciências exatas.

    Galileu desenvolveu os fundamentos da mecânica com o estudo de máquinas simples (alavanca, plano inclinado, parafuso etc.). Entre suas criações se destacam: o binóculo, a balança hidrostática, o compasso geométrico, uma régua calculadora e o termobaroscópio: feito para medir a pressão atmosférica, porém, serviu como termômetro.

    Em 1609, construiu um telescópio muito melhor que os existentes e explorou os céus como nunca fora feito antes. Além de estudar as constelações Plêiades, Órion, Câncer e a Via Láctea, descobriu as montanhas lunares, as manchas solares, o planeta Saturno, os satélites de Júpiter e as fases de Vênus. As descobertas foram publicadas no livro "Siderus Nuntius" ("Mensageiro das Estrelas"), em 1610.

    A partir de suas descobertas astronômicas, defendeu a tese de Copérnico de que a Terra não ficava no centro do Universo. Como essa teoria era contrária ao dogma da Igreja, foi perseguido, processado duas vezes e obrigado a negar (abjurar) suas idéias publicamente. Foi banido para uma vila de Arcetri, perto de Florença, onde viveu em um regime semelhante à prisão domiciliar.

    As longas horas ao telescópio causaram sua cegueira. A amargura dos últimos anos de sua vida foi agravada pela morte de sua filha Virgínia, que se dedicara à vida religiosa com o nome de soror Maria Celeste. Em 1992, mais de três séculos após a morte de Galileu, a Igreja reviu o processo da Inquisição e decidiu pela sua absolvição.

    EPICURO- "O desejo é a causa de todos os males."

    [creditofoto]Epicuro nasceu, de pais atenienses, na ilha de Samos, em 342 ou 341 a. C., e morreu em Atenas, em 271 ou 270 a. C. Para o historiador Diógenes Laércio, em cuja obra se encontram as principais informações disponíveis sobre Epicuro, a filosofia despertou-lhe o interesse precocemente, em plena adolescência.

    Ainda jovem, Epicuro se transferiu de Samos para Teos, onde estudou com um discípulo de Demócrito. A mudança para Atenas ocorreu em 323 a. C. Nessa época é que ele deve ter ouvido os ensinamentos de Xenócrates, sucessor de Platão na Academia. Em seguida, viajou provavelmente durante anos, tendo ensinado em Mitilene e Lâmpsaco. Voltou a Atenas só em 306 a. C., quando comprou o seu famoso "jardim". Ali viveu com os amigos e criou a escola que dirigiu até seus últimos dias.

    Opondo-se à Academia e ao Liceu, herança platônica e aristotélica que dominava a vida cultural da Grécia de seu tempo, Epicuro representa, contra o prestígio dessas duas escolas, a busca de uma filosofia prática, essencialmente moral, e que correspondesse às necessidades de seus contemporâneos, para os quais a desagregação da cidade-Estado originava toda uma crise de civilização.

    Preocupado com a inadequação dos sistemas filosóficos tradicionais em relação à mudança cultural e política que se processava, Epicuro não propõe uma cultura diferente, mas um novo modo de ver e estar no mundo e de viver a vida.

    Retomando contribuições anteriores e, em particular, a de Demócrito, Epicuro estabeleceu um todo coerente, que tem por objeto central a felicidade do ser humano. Essa felicidade foi mal interpretada pelos seus adversários, que a apresentaram, ao contrário do filósofo, mais como uma exaltação do corpo e dos sentidos que do espírito e sua cultura.

    Segundo Epicuro, os maiores obstáculos para a felicidade humana são o temor da morte e o medo da ira divina, mas eles podem ser eliminados graças ao conhecimento da natureza. A ética de Epicuro assegura aos homens que a felicidade é facilmente alcançável, desde que algumas poucas necessidades naturais sejam satisfeitas, pois a felicidade não é outra coisa que a ausência de dor física e um estado de ânimo livre de qualquer perturbação ou paixão. Assim, a felicidade, para Epicuro, se identifica com um prazer estável, que os gregos chamavam de ataraxia.

    Embora Diógenes Laércio atribua a Epicuro cerca de trezentos volumes de obra escrita, quase todo esse legado se perdeu, restando apenas três cartas (uma, sobre a física; a segunda, sobre meteorologia e astronomia; a terceira, sobre a ética), uma coletânea de sentenças morais e uma "Coleção de provérbios", composta de 81 máximas e descoberta, na forma manuscrita, na Biblioteca do Vaticano em 1888.

    RENÉ DESCARTES- "cogito, ergo sum"

    Uma personalidade dominante da história intelectual ocidental, René Descarte foi um filósofo, fisiologista e matemático francês, nascido em 31 de março de 1596, em La Haye, na província de Touraine. Ele foi um contemporâneo de Galileu e Pascal e, portanto trabalhou sob as mesmas influências religiosas repressoras da Inquisição.

    Cedo em sua vida, pouco após ter se alistado no exército, em 1617, Descartes descobriu que tinha talento para matemática, de modo que ele passou a maior parte de seus anos militares e subseqüentes (ele pediu demissão quatro anos mais tarde) estudando matemática pura, especialmente geometria analítica, que tornou-se o campo ao qual fez suas maiores contribuições.

    Em 1626 ele se estabeleceu em Paris, mas foi persuadido a mudar-se para a Holanda em 1628, país que estava, então, no auge do seu poder. Ali ele morou e trabalhou pelos próximos 20 anos, devotando seu tempo e esforços ao estudo da matemática e filosofia, na perseguição da verdade.

    Em 1649, foi convidado para ser professor da Rainha Cristina da Suécia, mudando-se para Estocolmo, mas morreu poucos meses após chegar, de pneumonia aguda, em 11 de fevereiro de 1650.

    Os trabalhos de Descartes em filosofia e ciência foram publicados em cinco livros: Le Monde (O Mundo), uma tentativa de descrever o universo físico, o Discours de la Méthode Pour Bien Conduire Sa Raison et Chercher La Vérité Dans Les Sciences (Discurso sobre o Método de Bem Conduzir sua Razão e Procurar a Verdade nas Ciências), seu trabalho mais importante; Meditationes, um sumário de suas idéias filosóficas em epistemologia, Principia Philosophiae (Princípios da Filosofia), cuja maior parte foi devotada à física, especialmente as leis do movimento, e Les Passions de L'ame (As Paixões da Alma), sua mais importante contribuição à fisiologia e à psicologia.

     As contribuições de Descartes à física foram feitas principalmente na óptica, mas ele escreveu extensamente sobre muitos outros temas, incluindo biologia, cérebro e mente. Ele não foi um experimentalista, no entanto.

    O esteio da filosofia de Descartes pode ser resumido por sua famosa frase em latim: Cogito, ergo sum (penso, logo existo). Ele foi o primeiro a levantar a doutrina do dualismo corpo/mente, a propor uma sede física para a mente, e a maneira como ela se interrelaciona com o corpo. Portanto, ele discutiu temas importantes para as neurociências, que vieram a dominar os quatro séculos seguintes, tais como a ação voluntária e involuntária, os reflexos, consciência, pensamento, emoções, e assim por diante.

    SANTO AGOSTINHO DE HIPOMA- "A busca de Deus é a busca da alegria. O encontro com Deus é a própria alegria."

    Agostinho ou Aurelius Augustinus (354-430) foi um homem que viveu num momento limite: o Império romano se esfacelava: com a queda de Roma terminava o mundo antigo e tinha início a Idade Média, por isso, talvez, o filósofo tenha produzido uma obra que é essencialmente a síntese do pensamento de Platão com o cristianismo.

    Seus pais se esforçaram para mandá-lo estudar na Universidade de Cartago, a grande metrópole da África romana. Em vez de dedicar-se aos estudos, Agostinho preferiu dedicar-se a uma vida de prazeres, preferencialmente os sexuais, tanto que se celebrizou sua seguinte frase: "Senhor, torna-me casto, mas não ainda".

    Independentemente disso, Agostinho leu o filósofo e orador romano Cícero (106-43a.C.) e, influenciado por ele, deu início a uma busca filosófica pela verdade, que o levou a adotar as mais diversas posições filosóficas e religiosas (maniqueísmo, ceticismo) até abraçar o cristianismo aos 32 anos. Mais tarde se tornaria bispo da cidade de Hipona (atual Annaba, na Argélia).


    O tempo

    Segundo ele mesmo relata, obteve nesse momento uma revelação divina, juntamente com sua mãe (Santa Mônica), e mudou de vida, embora seu pensamento, desde então, evoluísse gradativamente, com as idéias amadurecendo ao longo do tempo. O tempo, aliás, foi objeto de suas reflexões, que, sobre esse tema, anteciparam o pensamento de Descartes (1596-1650), Kant (1724-1784), e Schopenhauer (1788-1860).

    Para Agostinho, o tempo não tem realidade em si, é uma invenção do homem, constituído por três nadas: o passado, que não existe mais; o futuro, que ainda não existe; e o presente, tão fugaz que é uma mistura de passado e futuro. É a partir daí que se compreende com certa facilidade a concepção agostiniana de Deus.

    Assim como Platão (427-347 a.C.), Agostinho concebe Deus como uma entidade que pertence a um reino de verdades atemporais, perfeitas e imateriais, com o qual só temos contato de maneira não-sensorial: tendo sido feitos à imagem e semelhança de Deus, uma parte desse reino existe dentro de nós (e pode ser identificado com a alma).

    Interioridade

    Dentro é outra palavra chave para conhecer o pensamento de Agostinho: em sua busca filosófica, ele deixou de lado a reflexão sobre o mundo exterior, e fez uma profunda introspecção para descobrir a sua interioridade, a essência do ser humano. Por isso, Agostinho é considerado também um pioneiro da psicologia.

    Para encerrar, convém lembrar que o cristianismo - antes de Agostinho - pouco tinha de filosófico: consistia da crença num Deus criador que se fez homem e num conjunto de instruções morais. Por isso, o filósofo pôde conciliá-lo sem contradições ao platonismo.

    ALEGORIA DA CAVERNA- platão

    Representação da Alegoria da Caverna, de Platão.A Alegoria da Caverna é o texto mais conhecido de Platão, que levanta muitas questões sobre a realidade, conhecimento, etc.

    Na história, dois homens prisioneiros estão acorrentados numa caverna, virados de costas para a abertura, por onde entra a luz solar. Eles sempre viveram ali, nesta posição. Conheciam os animais e as plantas somente pelas suas sombras projetadas nas paredes. Um dia, um dos homens consegue se soltar, e vai para fora da caverna. Fica encantado com a realidade, percebendo que foi iludido completamente pelos seus sentidos dentro da caverna. Agora ele estava diante das coisas em si, e não suas sombras. Diante do conhecimento. Retornou para a caverna, e contou para o companheiro o que havia visto. Este não acreditou o matou, e preferiu continuar na caverna, vendo e acreditando que o mundo é feito de sombras.

    Para Platão, as coisas que nos chegam através dos sentidos (tato, visão, audição, etc), são apenas as sombras das idéias. Quem estiver preso ao conhecimento das coisas sensíveis apenas não poderá alcançar o mundo das idéias, ficando como o prisioneiro.