Nascido em Abdera, Demócrito viajou pelo Egito e pela Ásia e teve uma vida extremamente longa. Escreveu numa prosa arcaica mas bem elaborada, elogiada por Cícero e Plutarco, sobre filosofia da natureza, matemática, ética e música. Restam-nos de suas obras somente curtos fragmentos, mas Aristóteles analisou sua doutrina filosófica.
Esse grande filósofo desenvolveu a doutrina atomística de Leucipo e se opôs à escola de Heráclito e à de Parmênides. Segundo Demócrito, os átomos de que se compõe o universo, similares em qualidade mas diferentes em volume e forma, estão em movimento constante no espaço e se agrupam de maneiras diferentes para formar os corpos.
Demócrito acrescentava que, embora os corpos decaiam e pereçam, os próprios átomos são eternos. Para Demócrito, a alma é uma forma sutil de fogo (sendo este último composto de átomos mais sutis) animando o corpo humano.
Alguns aspectos da doutrina de Demócrito aproximam-se de noções científicas modernas.
Em ética, Demócrito sustenta que se deve buscar a felicidade na moderação dos desejos e no reconhecimento da superioridade da alma sobre o corpo.
Segundo seus contemporâneos, Demócrito estava sempre rindo das loucuras da humanidade, e ele é às vezes era chamado de filósofo risonho, em oposição ao melancólico Heráclito.
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