domingo, 31 de outubro de 2010

PITÁGORAS- Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem feito.

Pitágoras – (século VI a.C.) Conhece-se muito pouco sobre a vida desse filósofo, pois foi uma figura legendária, e é difícil distinguir o que é verdade e o que é mentira. Nasceu em Samos, em uma época em que na Grécia estava instituído o culto ao deus Dioniso. Os órficos (de Orfeu) acreditavam na imortalidade da alma e em reencarnação (metempsicose), e para se livrar desse ciclo, necessitavam da ajuda de Dioniso, deus libertador. Pitágoras postulou como via de salvação em vez desse deus, a matemática. Acreditava na divindade do número. O um é o ponto, o dois determina a linha, o três gera a superfície e o quatro produz o volume. Os pitagóricos concebem todo o universo como um campo em que se contrapõe o mesmo e o outro. É de Pitágoras o teorema do triângulo retângulo. Fundou uma seita, em que a salvação dependia de um esforço humano subjetivo, e que tinha iniciação secreta. Os números constituem a essência de todas as coisas segundo sua doutrina, e são a verdade eterna. O número perfeito é o dez, por causa do triângulo místico. Os astros são harmônicos. Foi Pitágoras que inventou a palavra filosofia – (amizade ao saber).
     
A escola de Pitágoras gerou os pitagóricos, que procuraram aperfeiçoar o sistema filosófico original. Eles floresceram em uma colônia grega na Itália. Pregavam o ideal da salvação do homem, tinham um caráter místico e espiritualista, e davam à matemática um caráter matemático.
Muitos filósofos foram também matemáticos, que atribuem ao universo a lógica dos números e em muitos pontos de sua doutrina buscam a matemática para fundamentar a sua lógica. É uma visão mecanicista, que identifica no mundo o raciocínio matemático. Platão exaltava a geometria, por essa ter um caráter
abstrato. Outros filósofos matemáticos importantes foram Descartes, Leibniz e Bertrand Russel. Spinoza escreveu um livro chamado A ética demonstrada pelo método geométrico, que é o método euclidiano de expor.

MELISSO DE SASMOS-

Melisso – floresceu em cerca de 444/41 a.C. Nasceu em Samos, ilha do mar Egeu, e era filósofo e político, tendo derrotado os atenienses com uma esquadra que comandou. Defensor de Parmênides, atacou Empédocles. Escreveu um poema, Sobre o ser. Disse que o todo é imóvel, pois se movesse haveria vazio e o vazio é um não ser. Para ele tudo sempre existiu, e sempre existirá. O mundo é infinito.

LEUCIPO DE MILETO-

Leucipo (século V a. C) Filósofo grego, criador da teoria atomista, que foi desenvolvida por Demócrito. É considerado discípulo de Zenão, mas também especula-se sobre ser na verdade discípulo de Parmênides e Melisso*. Atribuem a Leucipo uma obra: A Grande ordem do Mundo. Neste livro diz que nenhuma coisa
se engendra ao acaso, mas a partir da razão e da necessidade. Seria natural de Mileto ou Eléia.
      
Segundo Hegel, Leucipo concebeu a determinabilidade não de modo superficial, mas de maneira especulativa. Haveria no mundo a matéria e o vazio. A matéria é constituída de átomos, que se movem em torvelinho. O absoluto é o átomo, o verdadeiro. O um e o princípio são abstratos. Princípio do um é ideal, o pensamento é a essência das coisas. Sua filosofia, para Hegel, não é empírica. Os átomos movem-se por necessidade, se chocam e se rechaçam. São distintos entre si pela ordem e pela posição.
      
Leucipo queria aproximar o pensamento do fenômeno e da percepção sensível, para Aristóteles. A alma também se constituiria de átomos.

Leucipo explicou o fenômeno do peso de acordo com o tamanho dos átomos e suas combinações. Os átomos seriam partículas minúsculas e indivisíveis por sua pequenez. O mundo teria a parte cheia e a parte vazia. Foi o primeiro a conceber uma parte vazia no universo. A parte cheia seria constituída de átomos. Rejeitou a descoberta dos pitagóricos de que a Terra é esférica.

ZENÃO DE ELÉIA-

Zenão, de Eléia (século V a. C)- cerca de quarenta anos mais jovem que o seu mestre e conterrâneo Parmênides. Nasceu na Eléia, e interviu na política, dando leis à sua pátria. Zenão teria deixado cerca  de quarenta argumentos, sendo que nove foram conservados pelo doxógrafos. São dispostos em problemas de grandeza, do espaço, do movimento e da percepção sensível. Ele parte da divisibilidade infinita do espaço, pois um corpo percorrendo um espaço infinito em um tempo finito   estaria imóvel. Seus argumentos constituem-se verdadeiras aporias (caminhos sem saída), indo até ao absurdo. Foi considerado por Aristóteles o inventor da dialética, no sentido de diálogo que parte das premissas do adversário e o põe em contradição, numa posição insustentável. Defendeu as teorias do ser de seu mestre, Parmênides, contra os seus adversários, notoriamente os pitagóricos, que pregavam o ser múltiplo e divisível. O infinito não pode ser percorrido num tempo finito, só em um tempo infinito. Seus argumentos ficaram conhecidos como paradoxos de Zenão.
      
Paradoxo de Aquiles: o mais lento na corrida jamais será alcançado pelo mais rápido, pois o que persegue deve sempre começar a atingir o ponto de onde partiu o que foge. Outro argumento pretende afirmar que uma flecha está em repouso ao ser projetada. É a conseqüência da suposição de que o tempo seja composto de instantes.
     
Ele demonstra que quando há o múltiplo, há o grande e o pequeno. Quando grande, o múltiplo é  infinito, segundo a grandeza.
      
Para Hegel, a dialética de Zenão possui mais objetividade que a atual. Ele ainda se conteve com os  limites da metafísica.
      
Segundo muitas lendas, tornou-se célebre em sua morte, quando salvou um Estado de seu tirano, sacrificando sua vida, pois foi torturado e não delatou seus companheiros de conjura. Por isso foi  assassinado.

XENÓFANES- Não é justo usar a força contra a sabedoria.

Originário da Jônia, viveu no sul da Itália. Precursor do pensamento dos Eleatas. Para ele a Physis era a terra. Escreveu em estilo poético. Defendeu a idéia de um Deus único. Tinha influência Pitagórica.

Xenófanes, de Colofon -(século IV a. C) atribui-se a ele a fundação da escola de Eléia. Levou vida errante, passando parte dela na Sicília, tendo fugido de sua terra natal por causa da invasão dos medas. Alguns duvidam de sua ligação com Eléia. Em seus fragmentos defendeu um deus único, supremo, que não tinha a forma de homem. Realçou isso afirmando que os homens atribuem aos deuses características semelhantes a eles mesmos, que mudam de acordo com o povo. Se os animais tivessem mãos para realizarem obras, colocariam nos deuses suas características. Restaram de suas obras alguns fragmentos, sendo que uns satíricos.

Foi contra a grande influência de Hesíodo e Homero (historiador e escritor gregos). Zombou dos atletas, preferindo a sua sabedoria aos feitos atléticos, que não enchiam celeiros. O deus segundo Xenófanes está implantado em todas as coisas, o todo é um, e é supra-sensível, imutável, sem começo, meio ou fim. Teve como discípulo Parmênides.

Segundo Hegel os gregos tinham apenas o mundo sensível diante de si, e não encontravam satisfação nisso. Assim jogavam tudo fora como sendo não verdadeiro, e chegavam ao pensamento puro. O infinito, Deus, é um só, pois se fosse dois haveria a finitude. Hegel identifica a dialética em Xenófanes, uma consciência da essência, pura, e outra de opinião, uma sobrepondo a outra, indo contra a mitologia grega

DEMÓCRITO- Os homens, ao fugir da morte, perseguem-na.

Nascido em Abdera, Demócrito viajou pelo Egito e pela Ásia e teve uma vida extremamente longa. Escreveu numa prosa arcaica mas bem elaborada, elogiada por Cícero e Plutarco, sobre filosofia da natureza, matemática, ética e música. Restam-nos de suas obras somente curtos fragmentos, mas Aristóteles analisou sua doutrina filosófica.

Esse grande filósofo desenvolveu a doutrina atomística de Leucipo e se opôs à escola de Heráclito e à de Parmênides. Segundo Demócrito, os átomos de que se compõe o universo, similares em qualidade mas diferentes em volume e forma, estão em movimento constante no espaço e se agrupam de maneiras diferentes para formar os corpos.

Demócrito acrescentava que, embora os corpos decaiam e pereçam, os próprios átomos são eternos. Para Demócrito, a alma é uma forma sutil de fogo (sendo este último composto de átomos mais sutis) animando o corpo humano.

Alguns aspectos da doutrina de Demócrito aproximam-se de noções científicas modernas.

Em ética, Demócrito sustenta que se deve buscar a felicidade na moderação dos desejos e no reconhecimento da superioridade da alma sobre o corpo.

Segundo seus contemporâneos, Demócrito estava sempre rindo das loucuras da humanidade, e ele é às vezes era chamado de filósofo risonho, em oposição ao melancólico Heráclito.

EMPÉDOCLES-

Empédocles (Agrigento, 495/490 - 435/430 aC) foi um filósofo, médico, legislador, professor, místico além de profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra.
Tudo seria uma determinada mistura desses quatro elementos, em maior ou menor grau, e seriam o que de imutável e indestrutível existiria no mundo.
Para Empédocles, duas forças fundamentais responsáveis pela manutenção do universo: O AMOR que unia os elementos (raízes) e o ÓDIO que os separava. A morte para ele era simplesmente a desagregação dos elementos. Segundo ele, todos nós fazíamos parte do todo que se renovava em ciclos; reunindo-se (nascimento) e separando-se (morte).

Ele achava que os dois (parmenides e heraclito) estavam certos:
  • 1. A água não poderia, evidentemente, transformar um peixe em uma borboleta. Com efeito, a água não pode mudar. Água pura irá continuar sendo água pura. Por isso, Parmênides estava certo ao sustentar que “nada muda”.
  • 2. Mas, ao mesmo tempo, Heráclito também estava certo em achar que devemos confiar em nossos sentidos. Devemos acreditar naquilo o que precisava ser rejeitado era a idéia de uma substância básica única. Nem a água nem o ar sozinhos podem se transformar em uma roseira ou uma borboleta. Não é possível que a fonte da Natureza seja um único “elemento”. Empédocles acreditava que a Natureza consistiria em quatro elementos, ou “raízes”, como os denominou. Essas quatro raízes seriam a terra, o ar, o fogo e a água.
A - Como ou por que acontecem as transformações que observamos na natureza?
  • 1. todas as coisas seriam misturas de terra, ar, fogo e água, mas em proporções variadas. Assim as diferentes coisas que existem seriam os processos naturais gerados pela aproximação e à separação desses quatro elementos.
  • 2. Quando uma flor ou um animal morrem, disse Empédocles, os quatro elementos voltam a se separar. Podemos registrar essas mudanças a olho nu. Mas a terra e o ar, o fogo e a água permaneceriam eternos, “intocados” por todos os componentes dos quais fazem parte. Dessa maneira, não é correto dizer que todas as coisas mudam.
  • 3. Basicamente, nada mudaria. O que ocorre é que os quatro elementos se combinariam e se separariam - para se combinarem de novo, em um ciclo. B - O que faria esses elementos se combinarem de tal modo que fizessem surgir uma nova vida? E o que faria a “mistura”, digamos, de uma flor se dissolver de novo? Empédocles pensava que haveria duas forças diferentes atuando na Natureza. Ele as chamou de amor e discórdia. Amor uniria as coisas, a discórdia as separaria.
Curiosamente, os quatro elementos correspondem, um a um, aos quatro estados da natureza: terra (sólido), água (líquido), ar (gasoso) e fogo (plasma).
Sentenças:
- O sol, uma seta aguda. A lua do olho claro. O mar, suor da terra. A noite solitária e cega.
- Os iguais se reconhecem.
- Sobrevive o que for mais capacitado
- O mundo evoluiu da água por meios naturais.

HERÁCLITO- "Nada é permanente, exceto a mudança."

Pouquíssimo se sabe sobre a vida de Heráclito. As informações que chegaram até nós se referem a seus próprios escritos e a antigas biografias, as quais nada mais são que inferências ou invenções usadas para ilustrar seu pensamento.

Descendente dos reis de Éfeso, colônia ateniense na costa da Ásia   Menor, abriu mão do título honorífico em favor de seu irmão. Altivo, ele desprezou a plebe e hostilizou a nascente democracia em Éfeso, se recusando a escrever sua constituição.

Ao contrário da maioria dos filósofos antigos, Heráclito é geralmente visto como independente de escolas e movimentos, provavelmente um autodidata. Seus escritos conjugavam ciência, relações humanas e teologia. Apesar de influenciado por seus predecessores, ele foi crítico do pensamento vigente e chamava os poetas épicos de "tolos" e Pitágoras de "impostor".

Completamente dedicado às suas pesquisas e reflexões, escreveu, por volta de 490 a.C., uma obra que receberia depois o título de "Sobre a Natureza", da qual existem mais de 100 fragmentos que, por seu caráter enigmático, explicam por que seu autor recebeu o cognome de "Obscuro".

Heráclito é considerado por muitos estudiosos o pensador pré-socrático mais importante, por formular com veemência o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas transitórias.

Desapontado com seus conterrâneos, Heráclito se retirou ao templo de Artemis, onde teria depositado seus manuscritos como um legado à posteridade e para livrá-los da incompreensão da "maioria", que ele desprezava.

*Problema: Parmênides e Heráclito defendiam dois pontos principais diametralmente opostos. Parmênides dizia:
  • a) nada muda,
  • b) não se deve confiar em nossas percepções sensoriais.
Heráclito, por outro lado, dizia:
  • a) tudo muda (“todas as coisas fluem”), e
  • b) podemos confiar em nossas percepções sensoriais.
Quem estava certo? Coube ao siciliano Empédocles (c. 490-430 a.C.) indicar a saída do labirinto.

PARMÊNIDES - "Pois pensar e ser é o mesmo"

Parmênides é considerado o fundador da escola de pensamento de Eléia, colônia grega que ficava no litoral da região da Campânia, no sul da Itália. Para alguns estudiosos, ele teria sido discípulo do pitagórico Amínia. Outros (entre os quais Platão e Aristóteles) consideram-no um seguidor do pensamento de Xenófanes.

Ele foi admirado por seus contemporâneos por ter levado uma vida regrada e exemplar. Pouco se conhece sobre sua vida. Sabe-se que ele esteve em Atenas, no ano em que completou 65 anos (por volta da metade do século 5 a.C.), e ali conheceu e se tornou amigo do jovem Sócrates.

Parmênides foi o mais influente dos filósofos que precederam Platão. Em sua doutrina se destacam o monismo e o imobilismo. Ele propôs que tudo o que existe é eterno, imutável, indestrutível, indivisível e, portanto, imóvel.

Parmênides considera que o pensamento humano pode atingir o conhecimento genuíno e a compreensão. Essa percepção do domínio do "ser" corresponde às coisas que são percebidas pela mente. O que é percebido pelas sensações, por outro lado, é, segundo ele, enganoso e falso, e pertence ao domínio do não-ser. Trata-se de uma oposição direta ao mobilismo defendido por Heráclito de Éfeso, para quem "tudo passa, nada permanece". Seu pensamento influenciou a chamada "teoria das formas", de Platão.

Ao contrário da maioria dos filósofos precedentes, que divulgaram seus pensamentos em prosa, Parmênides era um poeta e escreveu sua grande obra, "Da Natureza", em versos hexâmetros semelhantes aos de Homero. Além disso, ele atribuiu suas idéias a uma revelação divina.

O mais importante dos filósofos eleatas foi Parmênides (c. 530-460 a.C.). “Nada nasce do nada, e nada do que existe se transforma em nada”. Com isso quis dizer que “tudo o que existe sempre existiu”.
Sobre as transformações que se pode observar na natureza: ”Achava que não seriam mudanças reais”. De acordo com ele, nenhum objeto poderia se transformar em algo diferente do que era.

Início do racionalismo
Percebia, com os sentidos, que as coisas mudam. Mas sua razão lhe dizia que é logicamente impossível que uma coisa se tornasse diferente e, apesar disso, permanecesse de algum modo a mesma. Quando se viu forçado a escolher entre confiar nos sentidos ou na razão, escolheu a razão. Essa inabalável crença na razão humana recebeu o nome de racionalismo. Um racionalista é alguém que acredita que a razão humana é a fonte primária de nosso conhecimento do mundo.

ANAXÍMENES DE MILETO-

  Terceiro e último representante da Escola de Mileto, Anaxímenes nasceu nessa mesma cidade, provavelmente em 585 a. C., e aí teria morrido em 524 a.C. Não existe certeza absoluta quanto às datas. Foi amigo e discípulo de Anaximandro. Diógenes Laércio - historiador e biógrafo de antigos filósofos gregos - diz que ele escreveu um livro, "Sobre a natureza", em dialeto jônico, num estilo simples e conciso.

Mileto foi uma importante cidade da Ásia Menor, no sul da Jônia, fragilizada pelos conflitos de ordem política. Conquistada pelos lídios, acabou sendo parcialmente destruída pelos persas. Mileto teria conhecido uma nova fase de progresso durante o período imperial de Roma. Depois, no final do século 10, teria sido destruída por um terremoto.

Para Anaxímenes, o elemento primordial é o ar, do qual as coisas resultam e ao qual retornam por um duplo movimento de condensação e rarefação. Identificado com a alma, o ar anima não só o corpo do homem, mas o mundo todo.

As notícias que temos da cosmologia de Anaxímenes são escassas e, em geral, manifestam opiniões bastante ingênuas. Para ele, por exemplo, a Terra, o Sol, a Lua e os demais astros cavalgam sobre o ar e são planos. Os astros não se movem debaixo da Terra, mas ao redor dela, "como gira um chapéu ao redor da nossa cabeça".

Infelizmente, o que se sabe desse e de outros filósofos pré-socráticos é muito incompleto, pois suas obras se perderam, delas restando, em alguns casos, fragmentos ou citações.

TALES DE MILETO – “Tudo é água”

  Tales de Mileto- (+ ou- 640-548 a. C) Tales é considerado o pai da filosofia grega, o primeiro homem sábio. Foi um homem que viajou muito. Os pensadores de Mileto iniciaram uma física e uma cosmologia. O universo era considerado um campo com pares opostos das qualidades sensíveis
 
Aparece nas listas dos Sete Sábios da Grécia. Outra frase que pode ser dele é a de que tudo está cheio de deuses, ou seja, a matéria é viva. Dizem que previu um eclipse solar e calculou a altura de uma pirâmide.
  
Foi talvez o primeiro filósofo a levantar questões sobre a estrutura e a natureza do cosmos como um todo. Tales queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas, o princípio unificador de todos os seres. Tales foi o primeiro a imaginar uma realidade sensível, a água, como o substrato e a força geradora de todas as coisas. A justificativa dessa visão, certamente, foi dada pela observação instintiva sobre o papel da água na vida das plantas, dos animais e das civilizações.  “A água é vida e princípio de vida, todas as coisas dela provêm e a ela voltam, de sorte que tudo é vivo, tudo é ”animado“ e, nesse sentido, dotado de alma”. Tales sustentava a idéia de que a Terra repousa sobre a água, como um madeiro que flutua num regato. “Tales pensava que, num certo sentido, tudo era feito de água”.

Tales é considerado o pai da filosofia grega, o primeiro homem sábio. Foi um homem que viajou muito. Os pensadores de Mileto iniciaram uma física e uma cosmologia. O universo era considerado um campo com pares opostos das qualidades sensíveis
 
Aparece nas listas dos Sete Sábios da Grécia. Outra frase que pode ser dele é a de que tudo está cheio de deuses, ou seja, a matéria é viva. Dizem que previu um eclipse solar e calculou a altura de uma pirâmide


ANAXIMANDRO- “... o ilimitado é eterno...”

   Filósofo e astrônomo grego, Anaximandro nasceu em 610 a. C., em Mileto, onde também teria morrido, em 547 a. C. Sabe-se que era discípulo de Tales, e o historiador Apolodoro de Atenas refere-se a ele, vivo, em 546 a. C.. São-lhe atribuídas a descoberta da obliqüidade da eclíptica, a introdução do quadrante solar e a invenção de mapas geográficos.
  
Mileto foi uma importante cidade da Ásia Menor, no sul da Jônia, fragilizada pelos conflitos de ordem política. Conquistada pelos lídios, acabou sendo parcialmente destruída pelos persas. Mileto teria conhecido uma nova fase de progresso durante o período imperial de Roma. Depois, no final do século 10, teria sido destruída por um terremoto.
 
Anaximandro pertenceu à Escola de Mileto, fundada por Tales (640 a. C. - 545 a. C.), responsável por formular a primeira teoria cosmológica, sobre a origem e a formação do mundo.
   
Segundo Anaximandro, o princípio, ou elemento primordial, era o "ápeiron", infinito ou indeterminado, a matéria eterna e indestrutível, da qual provêm todos os seres finitos e determinados, e na qual os contrários - como o quente e o frio, o seco e o úmido -, em luta uns com os outros, são finalmente reabsorvidos.
 
Anaximandro também tratou da origem dos seres vivos, que teriam vindo do barro e formariam seqüência desde o mais simples até o homem, surgido de um ser pisciforme.
 
A Anaximandro se atribui a medição dos solstícios e dos equinócios, trabalhos para determinar a distância e o tamanho das estrelas - e a afirmação de que a Terra é cilíndrica e ocupa o centro do Universo